"Por mais que eu soubesse quais eram as consequências, decidi
arriscar. Sempre me pergunto se as decisões que tomo são boas ou ruins, mas - independente
da resposta - o que prevalece é o que realmente quero. Até aqui, tantas foram
as vezes que acreditei naquela frase: “agora vai!”, mas nunca foi e nem sei se
um dia irá. Agora entro na fase da abstinência. Sim, o deslumbre também é uma
droga e ele sempre me vicia, mesmo quando acredito estar curado. E como toda
abstinência, sei que vou sofrer, mas também sei que um dia ela acaba. Até começar
tudo de novo.
A vida sempre tem uma maneira de nos mostrar como ela é
linda, mas é em sua perversidade que ela se mostra mais eficaz. Digo isso não
como alguém que tem uma visão ruim de um todo, mas como alguém que enxerga a
verdadeira essência. Continuamente avalio minha existência e em uma última
visita percebi que há coisas que simplesmente não são para ser. Temos que nos
contentar com o que nos é dado e, talvez, esperarmos por algo que julgamos
melhor. É incrível perceber o quanto dependemos do outro. Por isso, tenho me
sentido no direito de me permitir não sofrer por ocasiões que não exigem de mim
nenhum esforço.
É coerente pensar que sou um masoquista. Afinal, passei por situações
que eram exatamente iguais em seu início e em seu fim. A dor agora é diferente.
Não é tão dilacerante como as outras vezes. Desta vez é uma dor consciente,
mais culpada. Porque antes havia a inocência e hoje há a realidade. Realidade cruel
que insiste em me invadir e me chamar para um passeio. Não sei o que
represento, não sei aonde pertenço. Se há algum lugar para mim, espero encontrá-lo
logo."
Passeando pela net e vi essa postagem.
ResponderExcluirSó comentando para dizer que ficou muito bonito esse texto!
Abraços do CR!!
Carlos, querido, muito obrigado pelo carinho! Espero que volte mais vezes. Embora meus textos sejam simples, são construídos com muita verdade. Um grande abraço!
ExcluirA simplicidade é a forma que mais me comoveu, parabéns Belas verdades. B
Excluirlindo texto
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