“A dor que sinto não é física,
tampouco mental, é em algum lugar desconhecido por mim. Talvez na alma, não sei
dizer ao certo. Vejo-me em um deserto sem sombras, sem água, sem saída. Ando
por um solo desnivelado que afunda os meus pés. Estes estão em chamas devido a
um sol escaldante que, além disso, também tira o pouco ar que me resta. Não
busco por socorro, porque tenho a plena consciência de que não há ninguém ali.
Encaro então meu passado, meu presente e futuro. Uma lágrima escorre, minhas
pernas enfraquecem e o fim de uma dor que eu já não suportava mais finda ali,
no vazio, na solidão.”
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